Pedro DominguesVisitar o Rio Zêzere foi uma satisfação. Comecei por Dornes, a aldeia templária, mas rapidamente percebi o enorme potencial deste rio para além das margens de Ferreira do Zêzere, que para mim é dos mais bonitos de Portugal. Nas semanas seguintes, fiz todo o seu curso, em diversas escapadinhas de fim de semana, desde a Serra da Estrela (onde nasce) até Constância (onde desagua no rio Tejo).
A Grande Rota do Zêzere fica no Centro de Portugal, e para quem tem mais tempo pode ser um elo de ligação excelente para outros roteiros incríveis em Portugal, por exemplo as Aldeias Históricas, a Serra da Lousã ou mesmo a Estrada Nacional 2.
Quem ainda não ouviu falar da extraordinária Albufeira da Barragem de Castelo de Bode ou da praia fluvial e região do Lago Azul nas margens do rio Zêzere? Há tanto, mas tanto o que fazer ao longo da Grande Rota do Zêzere, e vou neste artigo sumarizar tudo para que possas fazer o teu planeamento e conhecer também este recanto mágico de Portugal.
Os 16 Municípios da Grande Rota do Zêzere (GRZ / GR33)
Começo por te dar a conhecer os diversos municípios que fazem parte da Grande Rota do Zêzere, e os principais destaques de cada um deles. O Rio Zêzere é a fronteira real entre alguns destes municípios.
Em toda a sua extensão, é composto por 3 barragens: O Cabril e a Bouçã em Pedrogão Grande, e a barragem de Castelo de Bode em Tomar / Abrantes. Vou sugerir a certa altura o desvio para uma outra de um afluente, e que para mim está entre as mais bonitas que conheço em Portugal: A Barragem de Santa Luzia no rio Unhais.
O Rio Zêzere é o segundo maior rio totalmente português, logo a seguir ao rio Mondego, e fazem parte da sua bacia hidrográfica 6 aldeias de xisto do Centro de Portugal: Barroca do Zêzere, Janeiro de Cima, Janeiro de Baixo, Álvaro, Mosteiro e Pedrogão Pequeno.
Curiosidade: Sabias que o nome do Rio Zêzere tem origem árabe e que significará "Rio das Cigarras"?
Município de Manteigas na GRZ (GR33)
Fica na Serra da Estrela, distrito da Guarda. Destaque para o Covão d’Ametade onde o rio nasce, e para o Vale Glaciar do rio Zêzere: o melhor que encontrarás em roteiro na Serra da Estrela.
Município da Guarda na GRZ (GR33)
No distrito com o mesmo nome, na Guarda destaque para a praia fluvial de Valhelhas e para outras nas proximidades. São as primeiras praias fluviais da Grande Rota do Zêzere de água fresquinha desta região mais alta de Portugal Continental.
Municípios da Covilhã e Belmonte na GRZ (GR33)
Ambos no distrito de Castelo Branco, com destaque para a arte urbana da cidade de Covilhã, e aldeia histórica de Belmonte. Esta é na minha opinião a região de menos interesse paisagístico junto ao rio, ou pelo menos a que menos me impressionou, mas tem grande interesse histórico.
Município do Fundão na GRZ (GR33)
No distrito de Castelo Branco, onde aparecem as primeiras aldeias de xisto da Grande Rota do Zêzere: Barroca e Janeiro de Cima. Têm praias fluviais de alto nível. Ó da barca!
Municípios de Pampilhosa da Serra e Oleiros na GRZ (GR33)
Pampilhosa da Serra faz parte do distrito de Coimbra, e o concelho de Oleiros faz parte de Castelo Branco. Partilham entre si os mais fabulosos meandros ou curvas do rio Zêzere. Em Oleiros claro que destaco também o possível desvio para os passadiços do Orvalho com a mais alta cascata da Beira Baixa, e para a aldeia de xisto de Álvaro.
Municípios de Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos na GRZ (GR33)
Ambos pertencentes ao distrito de Leiria, menciono nestes municípios a incrível Barragem do Cabril e a Foz de Alge no Rio Zêzere. Claro que se tiveres tempo, em Figueiró dos Vinhos não podes deixar de visitar as Fragas de São Simão, por exemplo, e partir para a Serra da Lousã e mais aldeias de xisto por essas bandas.
Município da Sertã na GRZ (GR33)
Tem a aldeia de xisto de Pedrogão Pequeno, bem próxima de Pedrogão Grande, e claro, não esquecer a ponte filipina sobre na Grande Rota do Zêzere.
Municípios de Vila de Rei e Ferreira do Zêzere na GRZ (GR33)
Vila de Rei (Castelo Branco) e Ferreira do Zêzere (Santarém) estão entre os meus preferidos da Grande Rota do Zêzere, com as melhores praias fluviais de toda a rota (Lago Azul, Fernandaires, Penedo Furado, entre outras), e também com brutais miradouros.
E Dornes, meus amigos, impossível não mencionar Dornes! Esta aldeia foi eleita maravilha de Portugal no que diz respeito a aldeias ribeirinhas, pelo que é paragem obrigatória.
Municípios de Tomar e Abrantes na GRZ (GR33)
Apesar de existirem muitos outros destaques nestes dois municípios do distrito de Santarém, impossível não mencionar a Barragem de Castelo de Bode como o seu principal lugar a visitar ao longo da Grande Rota do Zêzere.
Municípios de Constância e Vila Nova da Barquinha na GRZ (GR33)
Constância é onde termina a Grande Rota do Zêzere e podes começar quem sabe uma grande rota no rio Tejo. Apesar de não fazer já parte do curso do rio, porque não um saltinho ao Castelo de Almourol que fica tão perto de Constância?
Como fazer a Grande Rota do Zêzere?
Existem 4 formas principais de conhecer a Grande Rota do Zêzere: a pé, de bicicleta, de carro, e de canoa. Claro que de carro não conseguirás aceder a todos os lugares, e por isso na minha opinião todas elas se complementam, e não deves optar por apenas uma.
Para as pessoas que mesmo assim queiram fazer a Grande Rota do Zêzere exclusivamente a pé, ou de bicicleta, ou de canoa, vou deixar informação útil para se poderem planear, se bem que de canoa não é possível fazê-la por completo: só alguns trechos são autorizados.
Fazer trechos da Grande Rota do Zêzere de Canoa | Actividades aquáticas no Rio Zêzere
Antes de mais, deixo-te um link para um mapa em pdf de toda a rota. O mapa está muito bem conseguido, e no esquema lateral tens informação de todos os trechos disponíveis de canoa, de bicicleta ou a pé.
É possível intercalar etapas de canoa com etapas a pé ou de bicicleta: para isso foram definidas estações intermodais (de mudança de modalidade) ao longo da Grande Rota do Zêzere.
A minha recomendação, e é isso que venho propor no meu roteiro pela Grande Rota do Zêzere, é que optes por fazer trechos em canoa na albufeira da Barragem de Castelo de Bode, ou dela até Constância. Deixo-te alguns links úteis que aconselho que consultes antes da tua viagem. Destaco o facto de existir por ali até um centro de mergulho que te poderá permitir uma diferente experiência.
- Estação Náutica de Castelo de Bode
- Contactos de Empresas de Serviços turísticos em Ferreira de Zêzere
- Experiências propostas pelo Município de Ferreira de Zêzere
- Possibilidade de Experiência de Kayak com a Odisseias / Naturz
- Descida do rio Zêzere com a Muitaventura
Fazer a Grande Rota do Zêzere a pé ou de bicicleta
Não fiz a rota de bicicleta, e também não a fiz inteiramente a pé. O máximo que fiz foram pequenos trilhos aqui e ali em alguns dos diversos municípios. Se pretendes fazer a Grande Rota do Zêzere exclusivamente a pé ou de bicicleta, recomendo que utilizes o wikiloc, onde tens trilhos já efetuados por outros caminhantes.
Deixo-te aqui apenas um resumo de todas as etapas oficiais, prometendo que se um dia as fizer a pé ou de bicicleta, na totalidade, irei partilhar tudo contigo:
- O SELVAGEM INÍCIO | 30,1 Km
- IRRIGANDO A COVA DA BEIRA | 55,7 km
- TERRA MINEIRA | 21,9 km
- MEANDROS | 23,1 km
- SOB O SIGNO DO CABRIL | 62 km
- SÓ TU E O RIO | 22,9 km
- O REGRESSO DA SERENIDADE | 28,4 km
- BRAÇOS DO RIO | 71,4 km
- A CAMINHO DO TEJO | 54,7 km
No meu roteiro pela Grande Rota do Zêzere vou propor trechos a pé em várias destas etapas, mas principalmente para o ponto 5 (Sob o Signo do Cabril), onde não é fácil chegar aos muitos meandros da região de outra forma.
Fazer a Grande Rota do Zêzere de carro
A maioria do roteiro que vou propor vai ser desta forma. Até porque não são todos os que têm disponibilidade de tempo e capacidade física para fazer 370km a pé. Claro que fiz muitas paragens ao longo da Grande Rota do Zêzere, claro que mergulhei em várias praias fluviais e conheci cada recanto das aldeias de xisto ao detalhe.
O que eu considero que se deve fazer para conhecer o rio Zêzere é um misto das 4 formas apresentadas, ou pelo menos de 3 delas: carro, canoa, e a pé / bicicleta.
Roteiro a partir de 10 dias com o que fazer na Grande Rota do Zêzere
Chegou o momento de te expor tudo o que fiz ao longo do curso do rio Zêzere, de aproximadamente 200 km de extensão, desde a nascente na Serra da Estrela até à sua foz em Constância, no rio Tejo. Para tal organizei este roteiro em 5 etapas principais:
- 1ª Etapa – O Rio Zêzere na Serra da Estrela (mínimo 2 dias)
- 2ª Etapa – A caminho das aldeias de Xisto do Fundão (mínimo 1 dia)
- 3ª Etapa – Descoberta dos mais bonitos Meandros do rio Zêzere (pelo menos 3 dias)
- 4ª Etapa – A Albufeira da Barragem de Castelo de Bode (pelo menos 3 dias)
- 5ª Etapa – O Desaguar do Rio Zêzere no Tejo (mínimo 1 dia)
O número de dias que introduzi em cada etapa é meramente indicativo: é o tempo que julgo que tens de guardar para conhecer minimamente cada região. Claro que o podes estender a mais tempo se tiveres essa disponibilidade, ou repartir a rota em várias escapadinhas (como eu fiz!), e conhecer cada etapa como uma viagem separada.
Etapa 1 | Grande Rota do Zêzere: Serra da Estrela
Confesso que fiz a rota desordenadamente, começando no centro, indo até à foz, voltando ao centro, e depois fazendo as etapas iniciais. Mas seria impensável não iniciar este roteiro pelo Covão d’Ametade e Vale Glaciar do Zêzere, não concordas?
O que esperar desta 1ª etapa da Grande Rota do Zêzere? O melhor da Serra da Estrela! 2 dias são suficientes para conhecer o essencial nas margens do Zêzere e fazer umas caminhadas. Saberá a pouco, no entanto!
>>> Roteiro Serra da Estrela – CLICA AQUI!
1. Explorar o Covão d’Ametade, onde o Rio Zêzere nasce
O Rio Zêzere nasce a aproximadamente 1900 metros de altitude, junto ao Cântaro Magro na serra mais alta de Portugal Continental. Como indico no meu artigo sobre a Serra da Estrela, só mesmo a montanha do Pico, nos Açores, a ultrapassa em altura.
>>> Conhecer mais sobre os Açores e Ilha do Pico
No Covão d’Ametade o rio Zêzere já tem forma de ribeira, e procede para o vale glaciar através de um bosque encantador, que te brindará com paisagem completamente diferente em cada estação do ano.
Com tempo podes optar por fazer 2 trilhos da Serra da Estrela que partem junto do Covão d’Ametade: a Rota do Maciço Central da Serra da Estrela – PR5 MTG ou a Rota dos Poios Brancos. E estando na Serra da Estrela, seria impensável não subir à Torre.
2. Descer o Vale Glaciar do Zêzere a pé ou de carro até Manteigas
O Vale Glaciar do Zêzere tem forma de “U” e foi finalista a maravilha da natureza de Portugal. Com 13km de extensão, é um dos maiores da Europa. Não deixes de visitar o Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere e de o observar através dos seus miradouros.
Podes optar por fazê-lo a pé, em trilho.
3. Fazer desvio até à Cascata do Poço do Inferno
A Cascata não faz parte do rio Zêzere, mas é um desvio rápido e obrigatório para quem faz a Grande Rota do Zêzere. É possível chegar lá confortavelmente de carro.
4. Conhecer a Vila de Manteigas e subir ao Miradouro do Fragão do Corvo
Do mesmo modo, o Miradouro do Fragão do Corvo não é um lugar obrigatório para quem faz a Grande Rota do Zêzere, mas é o melhor miradouro para a vila de Manteigas: penso valer a pena o desvio. E se tiveres disposição para tal, trilha a Rota das Faias: PR13 MTG.
Na Vila de Manteigas tens como principais pontos de interesse a Igreja Matriz de Santa Maria, a Igreja de São Pedro, e o Largo do Valazedo.
5. Aproveitar as primeiras praias fluviais da Grande Rota do Zêzere junto a Manteigas
Menciono 3 praias fluviais da região, a minha preferida é a segunda!
- O Parque da Várzea
- Praia Fluvial de Relva da Reboleira em Sameiro
- Praia Fluvial de Valhelhas
Tens mais fotos destes lugares no meu artigo sobre a Serra da Estrela. Não esqueças a Ponte Filipina em Valhelhas.
6. Visitar Belmonte e as ruínas de Centum Cellas
Antes de Centum Cellas e Belmonte, opta por visitar rapidamente Vale Formoso. Não há, porém, muito para ver para além da sua Igreja Matriz e miradouro.
Centum Cellas, ou Torre de São Cornélio, é um monumento nas proximidades de Belmonte, misterioso, cuja origem se acredita remontar ao século I d.C.
Já Belmonte é uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal, sobre as quais tenho artigo completo, e onde podes encontrar mais informação detalhada. Exemplos do que não perder:
- O Ecomuseu do Rio Zêzere (obrigatório para este roteiro na Grande Rota do Zêzere)
- O Castelo de Belmonte e as Capelas do Calvário e de Santo António
- A Igreja de Santo de Belmonte e o Panteão dos Cabrais
- A Sinagoga e a Judiaria de Belmonte
- A Praça da República e o Pelourinho de Belmonte
>>> Clica aqui para roteiro das 12 aldeias históricas de Portugal.
>>> Clica aqui para artigo detalhado para visitar Belmonte.
7. Visitar a cidade da Covilhã
Na Covilhã termina esta 1ª Etapa da Grande Rota do Zêzere.
O meu ponto turístico preferido na Covilhã, a Igreja de Santa Maria Maior, deve obrigatoriamente de ser visitada. O mesmo digo da sua extraordinária arte urbana espalhada pela cidade (itinerário proposto aqui). Entre todas as exibições, não perder o Olho do Mocho, de Bordalo II.
Como outros destaques da Covilhã, pondera o miradouro das portas do sol, os museus dos lanifícios e de arte sacra, o largo da Câmara Municipal da Covilhã, com a Igreja da Misericórdia, e o largo da Infantaria, com a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Pelourinho da Covilhã e jardim adjacente.
Onde dormir durante a 1ª Etapa da Grande Rota do Zêzere
- Na Covilhã:
- Junto à vila de Manteigas:
Etapa 2 | Grande Rota do Zêzere: A caminho das aldeias de xisto do Fundão
Planeia o teu roteiro pela Grande Rota do Zêzere para seguires sempre em estradas o mais próximo do leito do rio. A certa altura irás fazer breves desvios, mas regressa logo que possível.
Cinco desvios opcionais para 5 praias fluviais em afluentes do Rio Zêzere são:
- A praia fluvial e piscina natural de Paul, na Ribeira com o mesmo nome.
- O Poço do Carvalhal, na mesma ribeira.
- O Parque Fluvial de Casegas (5 estrelas tal como o de Paul)
- A Praia Fluvial de Ourondo
- A Área de Lazer de Lavacolhos
Tens as localizações exatas no mapa deste roteiro, ao fundo deste artigo. Começa esta etapa por estes cinco lugares. Mínimo de tempo: 1 dia de viagem, claro que sem paragens muito demoradas.
1. Observar a Curva acentuada do Rio Zêzere em Ourondo
Junto à praia fluvial de Ourondo encontras a primeira curva na Grande Rota do Zêzere que merece ser mencionada neste artigo. Dei-lhe o nome de “Curva do Zêzere em Ourondo“, mas creio que não terá propriamente uma designação oficial. Foi um dos muitos miradouros que gostei de ver ao longo da rota, e apesar de com drone ser mais fabuloso, não necessitei de um para ter uma boa visibilidade para o rio a partir da estrada.
- Coordenadas aproximadas: 40.14691, -7.69014
2. Ir até à Curva do Cabeço do Pião em Silvares
Logo após a curva de Ourondo, chegarás na mesma estrada à “Curva do Cabeço do Pião”, como eu lhe chamei, outra paisagem para a qual não precisarás de drone, já que é visível da estrada (com um pouco menos de qualidade, claro!).
Para amantes de caminhadas existe um percurso pedestre a passar por este lugar a partir da aldeia de xisto de Barroca do Zêzere. O trilho é opcional para quem tem tempo a despender durante a Grande Rota do Zêzere, mas se queres conhecer e explorar mais esta região mineira, segue o link que deixo duas secções abaixo.
O Cabeço do Pião pertenceu em tempos ao complexo das Minas da Panasqueira, desativado desde a década de 90 em conjunto com a própria aldeia no topo do monte. Restou um lugar praticamente deserto que te vai transmitir uma sensação de cenário apocalíptico quando visto de perto.
3. Ver uma outra Curva do rio Zêzere em Silvares
Antes de seguir para Barroca do Zêzere, faz paragem na estrada junto às coordenadas 40.13056, -7.69032. É mais uma curva de Silvares que recomendo não perder na Grande Rota do Zêzere. As fotos são de drone, mas o que vês da estrada é aceitável.
4. Visitar a Aldeia de Xisto da Barroca e a sua Praia Fluvial no Rio Zêzere
Barroca do Zêzere é a primeira aldeia de xisto deste roteiro. Está longe de ser a minha aldeia de xisto preferida do Centro de Portugal, mas tem o seu valor, e tem algo que a destaca das demais: as Gravuras Rupestres que encontras junto ao rio.
Para aceder a estas gravuras rupestres existe um trilho oficial que podes optar por fazer ao longo da Grande Rota do Zêzere. Esse trilho é o PR1 FND – Caminho de Xisto da Barroca e Rota das Gravuras Rupestres que passa pelo Cabeço do Pião que mencionei antes. O link vai levar-te até ao wikiloc: são no total menos de 10km sempre à beirinha do rio, e é fácil a moderado. É a rota do mineiro!
Em Barroca não podes deixar de visitar o Centro de Interpretação de Arte Rupestre, claro, na Casa Grande da Barroca. Do mesmo modo, tem atenção às diversas capelinhas e às construções em xisto da aldeia: Capela de São Romão, Igreja Matriz de São Sebastião, Capela do Senhor da Agonia, Capela de São João, Largo Dona Natália dos Reis Torgal. É um passeio rápido e agradável.
Por fim, dá um mergulho na praia fluvial de Barroca do Zêzere antes de seguires rumo à próxima aldeia de xisto do Fundão: Janeiro de Cima.
5. Conhecer Dornelas do Zêzere e Alqueidão
Dornelas do Zêzere fica logo após Barroca, mas não é uma das aldeias de xisto oficiais. Nela destaco o Monumento à Caminhada para quem faz a Grande Rota do Zêzere a pé. Para além disso tens a Igreja Matriz, a piscina fluvial e a zona ribeirinha para aproveitar.
O que me deixou seriamente embasbacado foi o miradouro de Dornelas do Zêzere. O que já é extraordinário a partir da berma da estrada é ainda mais a partir do céu.
6. Passar pelas curvas do rio Zêzere junto a Porto das Vacas
Estas são as coordenadas aproximadas do local de onde obtive as seguintes imagens de drone. As duas primeiras imagens correspondem à primeira coordenada, as seguintes à segunda, e estão as duas marcadas no mapa que deixo no fim deste artigo da GRZ.
Em Porto das Vacas é imperdível a piscina fluvial junto à Azenha da aldeia: fantástico lugar para banhos! Na região de Janeiro de Cima existem muitas curvas brutais da Grande Rota do Zêzere, porém não tem miradouro em altitude, pelo que terás de ter drone se quiseres observá-las em todo seu esplendor. As fotos anteriores são exemplos disso.
7. Visitar a aldeia de xisto de Janeiro de Cima e a sua praia fluvial no rio Zêzere
Finalmente Janeiro de Cima, provavelmente a aldeia de xisto que mais gostei de visitar ao longo do curso do Zêzere. Ó da barca!, era o que os habitantes desta região gritavam quando queriam atravessar de uma margem para a outra nas típicas barcas que ainda se vislumbram junto à praia fluvial.
A Praia Fluvial de Janeiro de Cima tem a designação de Parque Fluvial da Lavandeira, e sei que é possível fazer um passeio numa destas barcas rio acima a partir dele, pelo menos nos meses mais quentes. Quando visitei não encontrei informação relevante no local nem online, pelo que se estiveres interessad@ terás de contactar os postos de turismo para saber mais.
Eu gostei muito desta praia fluvial e do relvado adjacente para estender a toalha à sombra ou ao sol. Tem um bar de apoio. Nas proximidades não deixes de conhecer a restaurada Roda de Janeiro, e depois caminha pelo centro de Janeiro de Cima, tendo como referência o Largo da Igreja. Eu fiquei apaixonado pelo xisto misturado com as paredes caiadas de laranja. Não esqueças de visitar o Centro Interpretativo da Casa das Tecedeiras onde é possível experimentar um tear antigo e onde podes conhecer a tradição do linho da região.
>>> Roteiro das 10 Aldeias de Xisto mais bonitas do Centro de Portugal
8. Assistir ao pôr do sol no Miradouro da Sarnadela
Este é um miradouro brutal, bem perto de Janeiro de Cima, que infelizmente não é alto o suficiente para poderes observar todo o esplendor da curva do Zêzere para a qual está voltado. Consegues ver o rio ao longe (a parte esquerda da curva), mas não a curva na totalidade, que é absolutamente espetacular. Deixo-te imagem a partir do céu, obtida com drone:
E em Janeiro de Cima terminas a segunda etapa deste roteiro pela Grande Rota do Zêzere, que naturalmente ficará mais completo com mais do que 1 dia para aproveitar a região.
Onde dormir durante a 2ª Etapa da Grande Rota do Zêzere
- Em Janeiro de Cima:
- Em Barroca:
Etapa 3 | Grande Rota do Zêzere: Os mais bonitos Meandros do Rio Zêzere
Meandro é sinónimo de curva, e portanto, Meandros do Zêzere são as curvas do Rio Zêzere. No Município de Oleiros e Pampilhosa da Serra eles são de alto nível! Os meandros do Zêzere são geossítio classificado pela UNESCO e poderia incluir o que se observa do miradouro da Sarnadela neste grupo.
1. Visitar a Barragem de Santa Luzia
Janeiro de Baixo vem logo após Janeiro de cima, mas antes vou propor-te breves desvios ao rio Zêzere. Começarei pela Barragem de Santa Luzia, aquela que para mim é das mais bonitas de Portugal, encaixada entre duas escarpas. Na Albufeira da barragem não esquecer de:
- Caminhar sobre o paredão da barragem.
- Mergulhar na praia fluvial da Barragem de Santa Luzia ou praticar algum desporto aquático.
- Subir ao miradouro da Barragem de Santa Luzia, para as melhores vistas para ela.
Claro que com tempo e disposição podias fazer um desvio ainda maior até ao Poço do Caldeirão, ou mesmo até outras aldeias de xisto do Centro de Portugal, por exemplo a bonita aldeia de Fajão.
2. Conhecer a aldeia de xisto de Janeiro de Baixo e a sua praia fluvial no Rio Zêzere
A Praia Fluvial de Janeiro de Baixo fica junto a um parque de campismo e a uma zona verde interessante. Apesar de ter preferido a praia fluvial de Janeiro de Cima, tal como a aldeia propriamente dita, creio que merece uma paragem durante a teu roteiro pela Grande Rota do Zêzere. Do lado de lá do rio, na estrada que se vê ao longe, tens acesso a um miradouro para a curva do Zêzere onde se situa Janeiro de Baixo.
3. Percorrer os Passadiços do Orvalho e conhecer a Cascata da Fraga da Água d’Alta
Outro desvio do rio Zêzere será para fazer os passadiços do Orvalho ou Georota do Orvalho. O desnível existe, pelo que podes esperar etapas do percurso difíceis em escadaria de passadiço de madeira.
O Trilho começa em Orvalho e segue para as Cascatas da Fraga da Água de d’Alta, a maior da Beira Baixa com 50 metros de desnível em 3 sucessivas quedas de água. Posteriormente segue junto à ribeira voltando depois a subir até ao Miradouro do Alto do Cabeço Mosqueiro, descendo novamente para Orvalho.
Claro que recomendo fazer o trilho, que apesar de exigente (pelo menos para mim), é uma atividade na natureza de excelência. Porém é possível visitar a cascata e subir ao Cabeço Mosqueiro de carro. O acesso é fácil, e podes estacionar logo ao lado dos dois sítios: muita gente o faz!
4. Seguir até à aldeia de xisto de Álvaro e conhecer a sua praia fluvial no rio Zêzere
A Caminho de Álvaro, não esquecer a magnífica praia fluvial de Cambas. Já em Álvaro existe uma outra, com vista privilegiada para o meandro do rio Zêzere em Álvaro, e não vais querer deixar de lá mergulhar também. Se quiseres ver o rio de um ponto a maior altitude, segue à procura da Capela de São Gens. O centro da aldeia de xisto é pequenino, mas não esquecer a igreja matriz de São Tiago Maior e a vista que se tem do seu adro.
5. Fazer a Estrada Panorâmica de Pampilhosa da Serra ou os trilhos dos Meandros do Zêzere em Oleiros
Depois do Álvaro terás de tomar uma decisão para conhecer os meandros mais extraordinários da Grande Rota do Zêzere, pois é possível observá-los quer a partir da margem esquerda do rio Zêzere quer a partir da margem direita, ou seja, por estradas de Pampilhosa da Serra ou por estradas de Oleiros.
Esta é a etapa da Grande Rota do Zêzere que julgo ser mais importante caminhar para aceder a paisagens que de outra forma não alcançarias. Se tens um ou dois dias a mais nesta região, opta por fazer alguns dos seguintes troços de trilho no concelho de Oleiros. Divide a Etapa Sob o Signo do Cabril em 4:
- De Álvaro à área de descanso da Frazumeira
- Da área de descanso da Frazumeira ao Sobral
- Do Sobral a Madeirã
- De Madeirã à área de descanso da Arrochela
Se não tiveres muito tempo para trilhos, mas queres mesmo assim conhecer um pouco da paisagem, então opta pela N344 em direção a Portela de Fojo (do lado de Pampilhosa da Serra). É uma estrada panorâmica asfaltada, e conseguirás através dela ter acesso a alguns dos meandros da Grande Rota do Zêzere. Como tinha drone e estava limitado a escapadinhas de fim de semana, optei por não fazer os trilhos e percorrer esta estrada, explorando depois os meandros do rio Zêzere também a partir do céu. Se é a mesma coisa? Não! Claramente que recomendo que vás fazer as caminhadas.
Para quem faz a estrada panorâmica de Pampilhosa da Serra, opção para paragem na praia fluvial de Vilar da Amoreira e na praia fluvial de Mega Fundeira.
6. Visitar a Barragem do Cabril e a sua praia fluvial no rio Zêzere
É em Pedrogão Grande que te cruzas com a mítica Estrada Nacional 2. Antes de passar pela barragem tens de parar na praia fluvial da barragem do Cabril: demorei-me aqui um bom par de horas.
A melhor vista para a Barragem do Cabril obtém-se a partir do Monte da Senhora da Confiança, junto ao Hotel de Montanha. Não tenho grandes recomendações para visita ao centro de Pedrogão Grande para além do Jardim da Devesa, e claro, da estátua em homenagem aos bombeiros, os grandes heróis desta região dramaticamente afetada pelos incêndios no passado.
A Barragem do Cabril é das maiores do país e dos maiores reservatórios de água doce de Portugal.
>>> Roteiro Estrada Nacional 2 – CLICA AQUI!
7. Conhecer aldeia de xisto de Pedrogão Pequeno e a ponte filipina
Em Pedrogão Pequeno cometi um erro terrível: descer de carro até à Ponte Filipina sobre o Rio Zêzere, subindo pelo outro lado. Não o faças!!! Repito: não o faças! A estrada está em tão mau estado e é tão inclinada que foi uma sorte ter conseguido subir de novo, e exigiu paciência e controlo do pânico para o fazer. A não ser que tenhas um todo o terreno, não arrisques.
Eu recomendo que optes por fazer um trilho ribeirinho durante a tua passagem por Pedrogão Pequeno ao longo da Grande Rota do Zêzere: o PR2 STR – Caminho de Xisto de Pedrogão Pequeno. São cerca de 8km e já inclui visita à aldeia de xisto onde conhecerás a Igreja Matriz e o largo do Pelourinho (no mínimo). A Ponte Filipina de Pedrogão Pequeno é mesmo a atração principal!
Há um ponto de interesse junto a Pedrogão Pequeno que julgo ainda ser relevante, porém ainda não visitei: o Moinho das Freiras. Promete excelentes vistas para os fabulosos desfiladeiros do rio Zêzere na região.
8. Fazer desvio na Grande Rota do Zêzere até Mosteiro
Mosteiro é outra das aldeias de xisto da região do Zêzere, mas a um curto desvio do curso do rio. Tem praia fluvial super apetecível na sua ribeira, com espaço verde incrível para descansar. O que destaco mais de Mosteiro é mesmo a praia fluvial e a envolvência, mas não deixes de dar uma voltinha pelo humilde casario.
>>> Roteiro Serra da Lousã, a curta distância de Mosteiro
9. Conhecer a Barragem da Bouçã no Rio Zêzere
A Barragem da Bouçã é diferente das anteriores na medida em que não podes caminhar por cima dela, apenas podes vê-la ao longe, quer a partir da estrada, quer de um miradouro acessível por trilho de floresta. A sua construção é de meados do século XX e alberga uma central hidroelétrica. Sabe mais sobre ela no site da EDP.
Ir ao seu miradouro é obrigatório, nas coordenadas 39.8553, -8.21813. Tem área de descanso, e junto à barragem tens painéis informativos com indicação do trilho a percorrer. Imprescindível também ir até ao marco do rio Zêzere na ponte antiga junto da barragem.
Onde dormir durante a 3ª Etapa da Grande Rota do Zêzere
- Janeiro de Baixo:
- Em Oleiros:
- Em Pedrogão Grande:
- Em Pedrogão Pequeno:
Etapa 4 | Grande Rota do Zêzere: A Albufeira da Barragem de Castelo de Bode
Chegámos à melhor parte! A Albufeira da Barragem de Castelo de Bode pode ser uma escapadinha para férias de estilo paradisíaco.
Não vou indicar-te quando fazer as atividades aquáticas / canoagem nesta fase, pois já te dei todas as ferramentas necessárias no topo deste artigo em “Como fazer a Grande Rota do Zêzere”. É uma questão de selecionares o sítio que mais gostares para as realizares, a partir de uma das estações intermodais disponíveis, e depois continuares o roteiro que aqui apresento de carro!
Mas esta é a etapa ideal para te fazeres ao rio!
1. Conhecer a Foz da Ribeira de Alge no rio Zêzere
O primeiro destino desta 4ª etapa é a Foz de Alge. Não há muito mais que um miradouro para observar, mas é bonito, eu estive por lá ao pôr do sol, e achei o lugar “cheio de vida”. Lembro-me também que gostei muito da estrada ribeirinha até lá, cénica.
2. Visitar a aldeia templária de Dornes e arredores
Depois da Foz de Alge, é tempo de visitar Dornes, a famosa aldeia / vila templária, provavelmente a mais interessante de toda a Grande Rota do Zêzere, não menosprezando Janeiro de Cima ou Álvaro.
Em Dornes tens o rio Zêzere para apreciar, em todo o seu esplendor:
- Na praia fluvial de Dornes
- A partir do pequeno cais de Dornes
- Ou desde o topo da aldeia, junto à torre dos Templários de planta pentagonal (erguida pelos templários durante a Reconquista Cristã em xisto e calcário) e Igreja de Nossa Senhora do Pranto.
Há ainda um percurso pedestre que não podes perder em Dornes: o PR1 de Ferreira do Zêzere, conhecido como a Vigia do Zêzere. Percorrendo os mais de 20km de extensão do trilho terás acesso ao miradouro mais famoso de Dornes, e também o mais extraordinário, em que se vê perfeitamente a península destacada, e o rio Zêzere a contorná-la. Para além disso:
- Passarás pela aldeia de Vale Serrão
- Conhecerás as ilhas do Rio Zêzere da região (através de miradouros para elas)
- Irás até ao Lagar, Açude e Ribeira de S. Guilherme.
Se sentires que 20km é demasiado para ti, faz apenas parte deste trilho, começando no Parque de Merendas de Nossa Senhora do Pranto e ignorando a última parte do percurso que passa pelo Lagar de São Guilherme: ao chegares o miradouro de Dornes, segue o atalho para regresso ao parque de merendas. Pouparás vários quilómetros.
Outra opção será ainda apenas ir até ao miradouro, fazendo-o a partir do parque de merendas de Nossa Senhora do Pranto: este é que é imperdível no teu roteiro pela Grande Rota do Zêzere.
3. Mergulhar na praia fluvial do Trízio
Na margem do lado de Dornes, no Rio Zêzere, só terás novo destaque na região do Lago Azul. Por isso atravessa a ponte junto a Vale Serrão para a outra margem.
Antes de seguir para Vila de Rei, aproveita para mergulhar nas águas do rio Zêzere na zona balnear do Trízio, município da Sertã. Estando aqui localizado o Centro Náutico do Zêzere, pode ser também um excelente ponto de partida para atividades aquáticas, dos melhores ao longo da Grande Rota do Zêzere.
4. Subir ao Miradouro de Fernandaires e visitar a praia fluvial de Fernandaires
Depois da praia fluvial do Trízio, continua para Vila de Rei e vai até Fernandaires. A plataforma flutuante é apetecível mas o que mais me impressionou foi o miradouro, dos melhores de toda a Grande Rota do Zêzere, e que permite uma visão desimpedida para a foz da Ribeira de Isna no rio Zêzere.
5. Conhecer outro meandro do rio Zêzere junto a Zaboeira
E por aqui, na Albufeira da Barragem de Castelo de Bode, também existem Meandros do Zêzere. Um deles, facilmente observado da estrada a caminho da Zaboeira (coordenadas aproximadas 39.71042, -8.22212), é aquele que não sabendo o nome, apelidei de “Meandro da Zaboeira ou da Pombeira”. Opcionalmente desce à praia fluvial frente ao meandro.
6. Seguir para o Lago Azul não esquecendo subida à Capela de São Pedro do Castro
Em Zaboeira atravessas de novo para as margens do município de Ferreira do Zêzere, isto porque chegou a hora de visitar outro dos principais pontos turísticos da Albufeira da Barragem de Castelo de Bode: o Lago Azul! Há 2 locais a não perder e 1 outro opcional:
- O miradouro do Castro, opcional, com um bom parque de merendas.
- A Capela de São Pedro do Castro, acessível a pé ou de todo o terreno por estradas de terra, e com excelente área de merendas e vistas brutais para o rio Zêzere.
- A praia fluvial do Lago Azul
7. Fazer o trilho das Cascatas de Vila de Rei
Para fazer este trilho, terás de fazer um pequeno desvio ao teu roteiro pela Grande Rota do Zêzere, mas valerá a pena conhecer a cascata dos Poios e a Cascata do Escalvadouro. Tenho um artigo dedicado neste blog só sobre o Trilho das Cascatas de Vila de Rei.
8. Visitar a Aldeia de Xisto de Água Formosa
Água Formosa fica no cruzamento da Ribeira da Galega e da Ribeira da Corga em Vila de Rei. Apesar de não ter muito para visitar e muitos poucos habitantes, é um bom passeio. Não deixes de descobrir os seus segredos.
9. Fazer os passadiços do Penedo Furado
O Penedo Furado fica num braço gigante do Rio Zêzere e tem para além da sua praia fluvial bastante conhecida na Albufeira da Barragem do Castelo de Bode:
- Os miradouros do Penedo Furado e das Fragas do Rabagão, acessíveis de carro ou por subida a pé a partir da praia fluvial. Eu recomendo que o faças a pé para atravessares literalmente o “Penedo Furado” pelo caminho.
- O Fóssil da Bicha Pintada, com mais de 480 milhões de anos, também alcançável pela mesma subida em trilho até ao miradouro.
- Uns passadiços de madeira de alto nível à beira do rio, em direção à Cascata do Penedo Furado e respectiva lagoa.
É possível praticar alguns desportos mais radicais no lugar, como escalada ou slide e rapel.
10. Subir ao Miradouro do Cristo Rei
Prefiro este miradouro quando comparado com o do Penedo Furado. Mais bem localizado, permite observar perfeitamente o braço de rio onde te encontras. É um excelente spot para pôr do sol durante a Grande Rota do Zêzere.
11. Ir até ao Miradouro de Fontes
Um dos melhores da Grande Rota do Zêzere, sem dúvida, com paisagem 5 estrelas, também fenomenal ao fim do dia. Existe toda uma estrutura definida para o miradouro junto à igreja onde o mesmo se encontra.
12. Visitar a Aldeia do Mato
A Aldeia do Mato será a última paragem do roteiro pela Grande Rota do Zêzere antes da Barragem de Castelo de Bode. Nela destaco claramente a sua praia fluvial e o seu miradouro.
13. Terminar na Barragem de Castelo de Bode
Por fim, a barragem de Castelo de Bode. Apesar de não o ter feito, com mais tempo podes igualmente explorar mais recantos da sua albufeira descobrindo outras praias fluviais para além das de Dornes, Lago Azul, Penedo Furado, Trízio, Fernandaires ou da Aldeia do Mato que já mencionei:
- Praia Fluvial da Bairrada e da Bairradinha
- Praia Fluvial de Montes
- Praia Fluvial de Alqueidão
- Praia Fluvial de Vila Nova da Serra
- Praia Fluvial de Alverangel
- Praia Fluvial da Macieira
- Praia Fluvial de Fontes
Outras fotografias do rio Zêzere na Albufeira da Barragem de Castelo de Bode
Onde dormir durante a 4ª Etapa da Grande Rota do Zêzere
- Em Dornes:
- Em Vila de Rei:
- No Lago Azul:
- Castelo de Bode:
Etapa 5 | Grande Rota do Zêzere: O Desaguar do Rio Zêzere no Tejo
Nesta última etapa sugiro que termines a Grande Rota do Zêzere com visita a Constância onde o rio Zêzere desagua no Rio Tejo. Essa é a prioridade, e pode ser também opção fazer canoagem entre a Barragem de Castelo de Bode e Constância, se não fizeste antes essa modalidade na albufeira.
Depois disso tenho duas dicas fora do rio Zêzere, mas bem perto, para acabar o roteiro pela grande rota.
1. Visitar a cidade de Constância
- Conhecer o Centro de Ciência Viva de Constância
- Visitar o Fluviário da Foz do Zêzere
- Ver Constância do miradouro para a cidade do lado de lá da foz
- Passar pelo Pelourinho de Constância
- Subir até à Igreja Matriz de Constância de onde se tem uma vista magnifica para a Foz do Rio Zêzere no Tejo.
- Caminhar pela zona ribeirinha de Constância.
- Visitar o Jardim Horto de Camões e o monumento a Luís Vaz de Camões
2. Visitar o Castelo de Almourol
Como primeira dica extra à Grande Rota do Zêzere, que tal seguir depois de Constância para o Castelo de Almourol, numa pequena ilha no curso do rio Tejo em Vila Nova da Barquinha?
A Travessia para visita ao castelo é feita por barco a motor, e podes comprar o teu bilhete de barco diretamente no cais. Já visitei duas vezes este castelo, e a travessia torna a experiência tão mais agradável. Afinal, este castelo é tão diferente dos outros que encontras por Portugal, reedificado pela ordem dos templários após a reconquista cristã.
3. Visitar a cidade de Tomar
Por último Tomar, a segunda dica extra à Grande Rota do Zêzere. Em Tomar não deixes obrigatoriamente de visitar o Aqueduto de Pegões, sobre o qual podes caminhar (com cuidado!), o Convento de Cristo, o Parque do Mouchão, a Mata Nacional dos Sete Montes, e claro, o centro histórico com destaque para a Igreja de São João Baptista.
Onde dormir durante a 5ª Etapa da Grande Rota do Zêzere
- Em Constância:
- Em Tomar:
Mapa do roteiro na Grande Rota do Zêzere
E finalmente o mapa com todos os pontos turísticos que fui mencionando ao longo deste roteiro e artigo, dividido pelas 5 etapas mencionadas para conhecer a Grande Rota do Zêzere.
Excelente passeio, excelente viagem: é o que te desejo! Conta-me tudo sobre a tua experiência a fazer a Grande Rota do Zêzere nos comentários!
Roteiro Grande Rota do Zêzere em pdf
Se quiseres levar este artigo na tua viagem pelo Zêzere, em pdf, podes comprá-lo a um preço simbólico neste site. Clica neste link para aceder ao artigo em pdf que depois poderás imprimir. 😉 O pdf em causa tem exatamente o conteúdo que encontras aqui, nem mais nem menos!
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6 comments
Olá,
Acabei de ver a Grande Rota do Zêzere e considero um excelente trabalho, repleto de informação útil e aliciante para quem deseja (vi)ver Portugal de perto. Além de te dar os Parabéns, agradeço-te pela partilha das tuas experiências. O que importa é não parar.
Um abraço,
João
Olá João. Agradeço imenso o feedback. 😉
O importante é mesmo não parar, novos artigos irão sair em breve com outras aventuras!
Um abraço.
Pedro
Excelente roteiro, Parabéns!!!
Fiquei cheia de motivação para explorar a rota do Zêzere!
Boas viagens e continua a partilhar!
Olá Isabel.
Excelente feedback 🙂
Boas viagens também para si.
Pedro
Olá
Muitos parabéns por este roteiro! Está incrivelmente detalhado e muito bem escrito!
Obrigada
Olá Cláudia. 😉 Muito obrigado pelo feedback, e bons passeios e viagens por Portugal!